segunda-feira, 30 de junho de 2008

O Povo da Estrada


Dê-me espaço, pois quero passar.
Deseje-me sorte, pois vou viajar.
Deixo-lhe uma rosa vermelha em seu altar.
Para que de mim possa lembrar.
Mas não pense que eu me fora definitivamente.
Pois um dia posso voltar.
Sempre com um largo sorriso estampado em meu rosto,
pois tristeza em mim não há.
Eu sempre fui caçado, molestado e julgado,
por ser diferente, mas sou resistente,
como o bronze e a prata, e minha alma
reluzente como o ouro que me guarda.
E por muitas estradas eu sigo,
sempre levando tantas e tantas cores,
para ao mundo alegrar,
sempre à cantar, para o mal espantar,
e sempre à sorrir, pois nunca vou desistir.
Se a ti não te cativastes, não há problema,
Desejo-lhe a mesma sorte
que alimento por aqueles que me são caros,
pois rancor e ressentimentos,
não guardo no peito, nem mesmo daqueles
que me julgam inimigos.
E assim vou seguindo,
Entre mares e montanhas,
Entre fio e calor,
Entre perdas e conquistas,
Mas uma única coisa não muda,
O orgulho de representar meu povo, minha bandeira,
Minha origem, mesmo que me julguem,
que não me aceitem.
O meu olhar é esperançoso, e minha alma grata e feliz,
Por representar um povo tão bonito.