quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Uma Mulher


Ela é dama
Uma bela dama
Então acenda a sua chama
Ela é mulher
Adorável mulher
Então lhe diga que a ama
Ela é criança
Doce criança
Então lhe permita sorrir
Ela é gente
Gente como a gente
Então lhe permita chorar
Ela é frágil
Frágil como um sonho
Então não se distancie de tal sonho
Ela é desejo
Puro desejo
Então a satisfaça
E você, o que és?
O que queres?
Conhece-te?
Entende-te?
Lembre-se
Que para cuidar de alguém
É preciso saber cuidar de si próprio
Desta forma, serás feliz
E feliz será a tua mulher
A tua dama
O teu sonho
A tua criança

sábado, 10 de novembro de 2007

Amais, Amais Sempre


Os dias passam
A vida se vai
As chances são únicas
Você não enxerga o que te cerca
Os braços cansam
O corpo pede descanso
Os cabelos ficam da cor das nuvens
Diga-me, o que tanto espera?
Porque se afogas em tuas próprias lágrimas?
Porque se prendes ao passado?
Deseja a morte como salvação
Mesmo tendo medo dela
Enfurece-se com os que te amam e te guardam
Julga-se plenamente capaz de se proteger
Mesmo a vida lhe provando
Ser tão inofensiva quanto uma criança
Aproveite os dia que lhe restam
A má sorte que julgas lhe perseguir
É o resultado do alimento
Que dá à tua alma
O sofrimento é facultativo
A felicidade é uma benção
Vencer é para os fortes
E forte o é todos aqueles
Que jamais admitem estarem derrotados
A falta de amor, consigo mesmo
O faz esquecer
Que tantos lhe dedicam parte de seu tempo
Quem egoísta o é
Com egoísmo será tratado
Em estradas maiores
Que esta no qual caminhas

A Pedra, O Corpo


O corpo repousa
Não por cansaço
Muito menos por tranqüilidade
Repousa por falta de alma
Repousa por falta de vida
Como uma pedra inerte, Põe-se no ócio
Consola-se na tristeza
Aceita a derrota
Sem ao menos lutar
A pior dor que existe
Não é a que se contrai no corpo
Mas a que afeta a alma
Uma vez a alma consumida pela tristeza
Faz o corpo agir como uma rocha
Torna-se inerte, sem vida
Passa despercebido
Pelo mais clínico dos olhares
E certamente
Todos os corpos
Que por ventura
Deixarem-se infectar
Por doença tão vil
Deixarão de viver
Tornarão-se mais uma rocha
Que apenas decoram os caminhos
Mas nada acrescentam
A qualquer criatura

A Grande Batalha



A sociedade Instiga-me
Instiga-me a ama-la
Instiga-me a odia-la
Faz-me refletir
Faz-me chorar
E tudo isto me torna ávido
Ávido por mudanças
Ávido por crescer
Sou inquieto por natureza
Tranqüilo de coração
Minha alma me acompanha
E não me permite sentir medo
Contudo, não me contenho
Em ver um mundo perdido
Perdido na boçalidade
Que toma tantas mentes
Rogo a deus
Que salve este planeta
E que os males
Sejam extirpados dos maus corações
A vida vai se perdendo a cada minuto
A maior guerra de todas
Está por se iniciar
O ventre divino continua dando à luz
A tantos messias
Empenhados em nos salvar
Salvar-nos da fúria que nos agride
Da fúria que mergulham tantos corações
E a perversidade conquista os fracos
Aqueles que não possuem
O amor em seu âmago
Mas toda essa intriga
Há de ser extinta
A dor será quase insuportável
O sangre jorrará
De tantos e tantos corpos
Mas o bem há de vencer
E assim sempre o será
Sejamos convictos
Que a plenitude divina nos ilumina
E estejamos prontos para doarmos nossas vidas
Vidas perdidas
Mas que trarão novas vidas
As vezes é preciso queimar o solo
Para que frutos mais puros possam nascer