terça-feira, 7 de agosto de 2007

Eu e o Mar


Eu e o Mar

Ponho-me a caminhar
Caminhar a algum lugar
Caminhar a lugar algum
Então sento à esperar
Esperar o brilhar do dia
Esperar a solidão da noite
Sinto como se voasse até o céu
E tocasse as estrelas
Com a ponta dos meus dedos
Meu corpo, flagelado e corrompido
Pelos maus tratos da vida
Sucumbe
Como o homem sucumbe à morte
Meu rosto velho e cansado
Verte lágrimas tão pesarosas
Quanto as lágrimas de saudade
Caminho em direção ao mar
Como um barco
Voltando ao lar
O vento me conduz
A areia mordisca
O meu calcanhar
As ondas abraçam
O meu corpo
E então desapareço
Como se nunca
Houvera existido antes

Um comentário:

Mila disse...

Como sempre inspirado o menin hauaua
Vc deve morar de frente pra praia!